Coisas para vencer a crise e acalmar os seus instintos bombistas em relação ao PM

Se o seu desejo é matar o Sócrates mas não o faz porque tem medo de passar o resto da sua vida a comer à conta e a jogar playstation dentro de uma prisão, temos algumas sugestões sobre as atitudes que pode adoptar para a sua sobrevivência: 

• Torne-se toxicodependente ou cigano. Pois você ouviu que iam cortar na função pública, nos abonos familiares, mas não ouviu dizer que iam reduzir os subsídios de inserção social;

• Adopte. Não adopte é uma criança que isso já não dá nada, pois estão a cortar nos abonos familiares. Adopte antes um idoso, pois além de isso ainda valer algum dinheiro também tem menos gastos, pois ele come cada vez menos, não sabe usar uma consola de jogos e se não lhe comprar o aparelho auditivo nem sequer precisará de um telemóvel;

• O único senão do ponto anterior é que não poderá usufruir do cheque dentista uma vez que é muito provável que o idoso que trouxer para casa já não tenha dentes;

• Evite ter animais de estimação, mas se tiver mesmo de ser opte por peixes ou coelhos, pois poderá sempre dar-lhes outro uso se a crise apertar mesmo;

• Aproveite todas as promoções dos hipermercados, mesmo que se trate de um detergente para alcatifas e todo o seu chão seja de mosaico, pois pode sempre utilizá-lo no coelho ou mesmo no idoso;

• Se tem filhos, poupe nos explicadores, eles não vão conseguir grandes notas de qualquer forma, mas você poderá manter mais algumas na carteira.

• Seja imaginativo e nas horas que ia levar os seus filhos para a explicação ponha-os a trabalhar, mas eles que vão a pé, claro;

• O único senão do ponto anterior é se o explicador for de futebol, pois além de o mercado de trabalho para futebolistas não estar saturado, nessa profissão é hábito aparecerem nas revistas a dizerem que deram uma casa à mãe ou um carro ao pai. Poupar sim, mas não de forma a hipotecar o seu futuro.

Fonte: O Indesmentível

Se mesmo depois de adoptar todas estas excelentes medidas reparar que continua teso que nem um carapau, alegre-se! Há mais 10 milhões de otários!

M.