Tenho uma confissão a fazer:
Ontem estive a ver o filme da Barbie. (deu na TVI, logo a seguir ao jornal das 13h)
Aquele das princesas…
E sim, gostei. E gosto. E acho que vou gostar sempre da Barbie.
Por isso, se eu pedir uma Barbie para o Natal parece muito mau?!
Eu sei, eu sei…
Tenho 27 anos…
Já não tenho idade para brincar com Barbie’s, só com Ken’s e que sejam de carne e osso.
Mas são tão giras, com os seus acessórios e coisas que tais (eu sei que são uma imagem super estereotipada e machista e sei lá mais o quê, mas eu gosto…).
Cheguei ao cúmulo de me voltar para o namorido e dizer para ele me ir comprar o raio da boneca para me dar de prenda!
O que só demonstra que estou com alguma disfunção (a sério… é excesso de trabalho... quero férias!)
… … …
De qualquer modo…
Estou a tentar analisar friamente este meu desejo de querer uma Barbie.
Quando era miúda tinha várias Barbie’s e Ken’s e sempre passei horas e horas a brincar com elas, a inventar vidas e personagens…e despe e veste… e como eu ADORAVA fazer tudo isso.
Agora já sou adulta, já não é correcto nem apropriado brincar com elas… tenho essa perfeita noção, não pensem que fiquei maluca de vez (só estou um pouco e é uma loucura perfeitamente aceitável, dentro dos limites do razoável.)
Então o que faço eu, agora em adulta? Substitui as Barbies pelas letras.
Sim, está claro. É tãoooo óbvio!
Leio para me entreter, vejo as personagens ganharem vida naquelas páginas, os sonhos, as alegrias, as tristezas, os anseios… e escrevo.
Escrevo e crio histórias/crónicas pelo mesmo motivo que brincava com as Barbies.
Para ter controlo.
Já que na vida real às vezes se torna impossível controlar acontecimentos, sentimentos, e outros ‘entos’, quando escrevo ou leio, tenho essa possibilidade.
Eina pá!
Isto é um feito fabuloso!
Decifrar a minha própria mente e ver tão claramente a situação.
O que leva a crer que o melhor é realmente começar a consultar um terapeuta… mas como isso é um pouco carote, acho que vou ter de simplesmente sentar-me no sofá ali da sala e falar sozinha. Ou alguém se voluntaria para me ouvir?! Sim?! Não?! Pois...
Será que falar sozinha é sinal de demência?!
É que posso sempre fazer um monólogo…
Certo. Talvez seja melhor não.
Ok ok…
Já sei!
Vou escrever.
Fui!
L.
P.s.: Tenho quase a certeza absoluta ao reler isto que os mais impressionáveis deverão de ora em diante começar a ignorar a existência deste blog. Nada de bom se avizinha quando escrevo um post que começa a falar de Barbie’s e acaba a falar de terapia. Conselho de uma L. ainda sã: Fujam enquanto podem! É que depois isto torna-se viciante e quando derem por vocês ora estão dizer grandes baboseiras ou a falar com grande profundidade filosófica.
P.s.1.: Entretanto ao rever ainda melhor o que escrevi acho que simplesmente devia começar a fazer post’s cujo conteúdo fosse algo como: "Blá blá blá parvoíces blá blá baboseiras blá blá blá blá tretas blá blá coisa parva blá blá blá " e por aí a fora.
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