Idade das Parvoíces

Daisypath Happy Birthday tickers

5 de novembro de 2011

Tortura matinal

Eram 11h40min... as portas automáticas deslizaram silenciosamente e abriram-se...Eu entrei, olhei ao meu redor e pensei: Uau! Isto é que é a globalização!
No interior as vozes ressoavam alto, conversas alheias chegavam-me aos ouvidos em diversos idiomas e nos mais variados tons, desde o aborrecimento à alegria.
Localizei o meu objectivo e sem olhar a meios para atingir o meu fim derrubei os obstáculos que encontrei pelo caminho e toquei no botão.
A senha saiu, com aquele tom típico de máquina que cospe papel.
Esperançosamente olhei para o número indicado nela e para o ecrã que se encontrava por cima de mim.
O sorriso saiu dos meus lábios, a postura tornou-se cabisbaixa e rendi-me.
Encostada a uma parede olhei uma e outra vez para a senha e para o ecrã. Estava certo, não havia dúvidas.
No ecrã acabava de piscar o número 54 e na minha mão estava a senha número 126.
Ó destino cruel!
Ó horror dos horrores!
Ó seca monumental que eu vou apanhar!
E apanhei... na Loja do Cidadão dos Restauradores.

Ora me encostava à parede, ora deambulava por ali, ora ia para a porta da rua e tentava respirar um pouco de ar puro (salvo seja, centro de lisboa e tal) e renovava o stock dos pulmões (ando muito suspiradeira, tenho necessidades constantes de renovação do ar tá bem?) e voltava para o meu súplicio, a minha tortura matinal.
Ninguém merece. A sério.
Tive lá tanto tempo que até deu para ir comprar umas castanhas assadas ( xiça, 2€ por uma dúzia e eu tenho sempre o azar de apanhar uma ou duas que não estão devidamente aprovadas para os meus elevados padrões de qualidade) e enganar o estômago, para conseguir suportar a provação que foi o tempo de espera.
Finalmente às 13h25min as portas automáticas abriram-se novamente para mim e fugi dali a 7pés! É que nem olhei para trás...
Objectivo: Chegar ao lar doce lar dos meus pais.
Às 14h00min o objectivo tinha sido alcançado (demorei mais porque apareceu um desvio de percurso... uma sapataria... e pronto... gaja que é gaja, não resiste!)

L.

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