De manhã...

... não sou um animal social. Sou mais uma espécie de animal selvagem. Emito "grunhidos" e "rosnados" e por favor, pelo vosso bem, não me chateiem nem se metam comigo, aliás, pensando bem nem precisam de falar comigo. Deixem-me estar sossegada no meu canto até o meu cérebro readquirir as características sociais que lhe são inatas.

Por isso percebam que ao entrar num autocarro da rodoviária eu não vejo ninguém, não ouço ninguém, não estou interessada em ninguém, não quero saber de nada! Só quero arranjar um lugar sentada. E praticamente mato por isso. Não quero cá saber dos putos que vão para a escola e das sras. maquilhadas e enjoadas que acham que devem de ir sentadinhas, eu assim que percebo que há um lugar, quase que mergulho para ele. Só cedo perante velhotas com ar simpático e mesmo muito enrugadinhas, grávidas bem grávidas e mulheres com crianças ao colo (e não é crianças de 6 a 10 anos que ainda pensam que podem ir ao colo. Não me lixem.) E depois é esperar que a viagem de 10min passe em 10segundos e quando chego ao trabalho já estou um pouco mais social... mas só quando bebo o café e me sento a iniciar funções é que o cérebro já está no seu funcionamento normal.
Antes disso, NUNCA!

E agora a juntar a isto tudo incluam esta puta de alergia (tive de esperar 27 anos para descobrir que sofro de rinites e sinusites e outras 'ites' que tais) que me moem o juízo de manhã à noite, non-stop, e um Atarax tomado na noite anterior que, THANK GOD, me fez efeito e me fez dormir como um calhau, MAS me provoca realmente sonolência e tonturas (sim... alivia a alergia, mas dá-me tonturas. Não se pode mesmo ter tudo.) e é sexta-feira e tenho um prazo de validade para estas 'maleitas' todas que se me acometeram. Eu tenho uma Mini-Maratona para fazer e eu vou! Ah vou, vou!


L.